tag:blogger.com,1999:blog-36316150949235994062023-11-15T22:38:18.764-08:00RelampeandoKatehttp://www.blogger.com/profile/11389396291229518279noreply@blogger.comBlogger34125tag:blogger.com,1999:blog-3631615094923599406.post-37094664491856620222011-05-25T14:14:00.001-07:002011-05-25T14:14:43.084-07:00.: Quando a cesárea é violência institucional? .:<div style="text-align: justify;"><br />
<div style="text-align: center;"><img src="http://www.spm.rs.gov.br/upload/NT_20110508082840_cod668.jpg" /></div><br />
Decidi retomar o blog, embora sem tempo, porque tenho ouvido muitos relatos de parto de amigas que acabaram em cesáreas desnecessárias e totalmente indesejadas.</div><div style="text-align: justify;">Pra começar é preciso esclarecer que uma coisa é a mulher que decide desde o início que quer ter uma cesárea, por medo, insegurança, comodismo ou qualquer outro motivo pessoal-social, que poderemos discutir depois. Nesses casos houve pelo menos a liberdade de escolha por parte da mulher. </div><div style="text-align: justify;">Agora, quando a mulher está decidida por um parto normal, deseja ter seu filho de parto normal e para isso escolhe um obstetra em quem confia por ser a favor da decisão e este mesmo obstetra que passou a gravidez inteira vira pra esta mulher nas semanas antes do parto e dá uma desculpa esfarrapada para fazer uma cesárea, aí é outra história. E estes casos não são raros. Uma amiga, que desejava um parto normal hospitalar, confiando em seu obstetra, acabou tendo uma cesárea com 38 semanas de gestação porque tinha cadidíase em, segundo seu médico, isto era um fator para cesárea, pois poderia passar para o bebê. Outra amiga, teve uma cesárea porque estava com 40 semanas e se esperasse mais, segundo seu médico, seu bebê poderia precisar de uma UTI Neonatal, coisa que seu plano não cobria e ela não poderia pagar. Ambas não entraram nem em trabalho de parto. Claro que seus filhos nasceram perfeitos e o momento foi mágico como para qualquer mãe que receber seu tão esperado filho pela primeira vez nos braços. Ambos os bebes são saudáveis e lindos. Ambos os momentos foram emocionantes e marcaram a vida destas mulheres. Mas a questão é outra. </div><div style="text-align: justify;">Em ambos os casos, houve abuso de poder por parte dos médicos, além de informações incorretas. Candidíase não é impeditivo de parto normal (OMS), muito menos indicação para cesárea. Uma gestação por chegar até 42 semanas (<a href="http://www.partodoprincipio.com.br/conteudo.php?src=mitos&ext=html">http://www.partodoprincipio.com.br/conteudo.php?src=mitos&ext=html</a>). Não houve, portanto, respeito nenhum à escolha das gestantes e isto é um tipo de violência institucional (<a href="http://www.ess.ufrj.br/prevencaoviolenciasexual/index.php/tipos-de-violencia-cometida-contra-a-mulher">http://www.ess.ufrj.br/prevencaoviolenciasexual/index.php/tipos-de-violencia-cometida-contra-a-mulher</a>).</div><div style="text-align: justify;">Pode-se falar da falta de empoderamento das mulheres, da falta de informação, que devemos lutar pelo nosso parto, etc. Mas, o fato, é que nas últimas semanas de gestação, a última coisa que queremos é brigar. Estamos sensíveis demais e por isso, muitas vezes, contamos com a confiança no obstetra. Claro, que muitas, encontram força para mudar de obstetra aos 45 do segundo tempo, mas a grande maioria não. </div><div style="text-align: justify;">O obstetra, deveria ser o primeiro a respeitar a escolha das gestantes. Ele é o profissional, ele fez um tal juramento, ele é regido por leis e, por isso, deveria ser responsabilizado por suas ações. Mas médico, no Brasil e imagino que no resto do mundo, é uma espécie de Deus todo poderoso, incontestável, protegido pela capa da ciência, da razão e da verdade. MÉDICO TAMBÉM É GENTE. Erra como todo mundo. Mente, às vezes, como todo mundo para defender seus interessantes. Por isso, pode (e deve) ser contestado, perguntado, é pra isso que ele tá lá. </div><div style="text-align: justify;">É muito difícil que uma mulher recém parida, vá denunciar seu médico. Ela está muito ocupada pra isso, amamentando, cuidando, maternando seu bebê. Mas, de qualquer forma, fica aqui a dica. A MULHER TEM O DIREITO LEGAL DE ESCOLHER SEU PARTO. E tem meios legais de garantir isso. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Só para constar, em ambos os casos os obstetras estavam realizando mais de uma cesárea ao mesmo tempo. Seria competência médica ou simples comércio?</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Para ler mais sobre nossos direitos e sobre a cultura perinatal no Brasil: <a href="http://portal.saude.gov.br/portal/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=35995">http://portal.saude.gov.br/portal/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=35995</a></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div>Katehttp://www.blogger.com/profile/11389396291229518279noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3631615094923599406.post-54001807445528368792011-04-21T14:21:00.000-07:002011-04-21T14:21:49.859-07:00.: Às vezes, somos sexo frágil .:<div style="text-align: center;"><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj378p87Wn8ZHorVs_VfksxUP-xbo-Fsy6HygfuCW1lgqpbvdwBdPgkGHhbLPFO_c07tXCjwPx9vJqNSkPCKBr_tr2TQXaFDuBjNxIjEcI7xHS6yWjt7soPIEyvgPHinWAiU13mmI1WtO7z/s320/modigliani_nu.jpg" /></div><br />
Eu nunca acreditei nesta história de que a mulher é o sexo frágil. Meu feminismo sempre acreditou na igualdade de oportunidade e aceitação das diferenças entre os sexos, mas nunca me encarei ou encarei as mulheres como frágeis, ou delicadas ou quaisquer destes estereótipos dóceis e passivos. No entanto, agora, em minha segunda gravidez, esperando por Francisco, 5 meses na barriga, me sinto extremamente frágil. Mas descobri que esta palavra não está relacionada à força ou a falta dela. <br />
A gravidez de Jorge correu tranquilamente, quilos equilibrados, hormônios controlados, exercícios, meditação, alimentação saudável. Francisco não goza dos mesmos privilégios. Trabalhando em duas escolas públicas, 4 vezes na semana, fazendo doutorado e cuidando de um filho de 1 ano e 8 meses, fica mais difícil arrumar tempo pra cuidar do corpo, da pele, da mente. Meus hormônios parecem um panela fervendo, tudo me irrita e sinto uma enorme necessidade de ser bajulada, acarinhada, aconchegada, como nos abraços e beijos que Jorge me dá ao longo do dia.<br />
Eu nunca, em 27 anos de existência havia admitido pra mim mesma ou pra qualquer outra pessoa que sou ou posso ser assim. Eu sempre fiz questão de ser a super heróina, mulher de vanguarda, briguenta, inabalável. E agora haja terapias e blogs para lidar com isso! A gravidez talvez tenha este poder de virar a gente do avesso e nos fazer olhar pra gente mesmo, pras nossas entranhas físicas e existenciais.<br />
Francisco, prometo que vou me cuidar mais, viu?Katehttp://www.blogger.com/profile/11389396291229518279noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3631615094923599406.post-74964918024712732432010-10-10T18:26:00.000-07:002010-10-11T14:24:58.140-07:00.: A ditadura da ditadura ou quais os direitos da mãe?:.Eu sempre fui punk-rock: cerevejada, madrugada, sinuca, samba, suor, linguiça, torresmo, seguidos de divertidos porres e ressacas. Mas, desde que emprenhei mudei de hábitos. Não por mim, porque é muito mais fácil e rápido cozinhar um miojo que feijão azuki com arroz integral e purê de abóbora. Mas o que eu estaria oferecendo ao Jorge? E como mãe, até onde vão os meus direitos de interferir na vida dele? Ou será que só devemos respeitar o direito dele quando ele tiver idade suficiente pra cobrá-los?<br />
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Consigo aceitar o fato de que no mundo moderno, muitas mulheres tem de deixar seus filhos para trabalhar e aí o leite artificial pode sim ajudar aquelas que não tiveram sucesso em tirar leite (o que dá um trabalhão). Ok, ok, sem trabalho, sem dinheiro, sem vida de qualidade pro filho. Conheço algumas mulheres que queriam amamentar, mas eram autônomas e mães solteiras, chefes da matilha, tinham de trabalhar o dia todo, sem direito à licença, e o leite artificial foi a solução pra aquele momento. Há casos e casos.<br />
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Hoje a mulher materna mais sozinha. O núcleo familiar ficou reduzido ao mulher, marido, filho. Assim, as figuras femininas que antes ajudavam na maternagem, como tias, mães, avós, etc, geralmente estão longe, tornando as tarefas maternas muito mais difíceis.<br />
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Mas, sinceramente, quando vejo um bebê de 2 meses tomando leite artificial tendo uma mãe saudável, cheia de leite, ainda me dói. De todas as intervenções que nós, mães, podemos escolher fazer (chupetas, chás, remédios, etc) esta, pra mim, é a mais inexplicável. Porque LEITE BOM É LEITE DE MÃE. E não é bom só pelo vínculo (que pra algumas mães pode ser ruim), mas é bom pra saúde de seu filho. Previne doenças que ele poderá carregar pra toda a vida dele, como alergias, por exemplo. Não que seu filho não terá doenças nunca, mas ele terá muito mais resistência pra combatê-las.<br />
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Agora, uma mãe com leite, que está de licença em casa pra cuidar de seu filho oferecer um leite cheio de conservantes e outros "industralizantes" que comprometem a saúde de sua cria, ao meu ver, deveria pensar ao menos onde terminam seus direitos e começam o do filho. Minha mãe diz que a liberdade da gente termina onde a do outro começa.<br />
Além de trazer malefícios pra saúde de seu bebê (talvez não agora, mas a longo prazo), o leite artificial mexe com o paladar, que por sua vez mexe com hábitos alimentares. Fora que pode levar a um desmame precoce e sem leite de mãe a saúde do bebê fica mais comprometida.<br />
Gente, amamentar exclusivo até os 6 meses de vida é mais do que consenso entre os especialistas. Amamentar até os 2 anos ou mais é recomendado pela Organização Mundial de Saúde. E isto não foi criado do nada. O bebê humano é dependente, se não o fosse nasceria andando e falando e duvido muito que dissesse: "ei, mãe, me dá uma mamadeira de NAN 1, aê!"<br />
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"Ah, tá, Kate, papo chato, eu cresci assim, tomei isso, aquilo, aquilo outro e to viva!"<br />
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Bom, eu amava papinha nestlé. E passei minha vida adulta a base de miojo e linguiça e sobrevivi também. Eu já tomei porres que me deixaram com quase um AVC no dia seguinte e estou aqui. A resposta é: O SER HUMANO SOBREVIVE DE QUALQUER MANEIRA, por isso somos humanos, nos adaptamos, nos reinventamos.<br />
A questão é: a que preço?<br />
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Nossas crias são os seres mais fortes do mundo, o recém-nascido é forte, afinal entrar em contato com o mundo é algo perigoso, mas mesmo assim eles estão lá. Eles sobrevivem. Mas se podemos oferecer qualidade porque optamos pelo inverso. Porque o fácil tem de se opor ao bom?<br />
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Não, naturebice não é moda, não é ditadura, não é ter que fazer algo só porque dizem que é assim, mas é sim respeitar o curso natural das coisas, respeitar o outro (mesmo que ele ainda não fale e só saiba chorar), é não ceder às pressões culturais que nos levam ao caminho mais fácil, mesmo que signifique desrespeitar alguns direitos, afinal, ninguém vai ver e todos vivem de qualquer maneira. Esta sim é uma ditadura perversa<br />
disfarçada de democracia, de meio termo, que não passa de mera reprodução do senso comum.Katehttp://www.blogger.com/profile/11389396291229518279noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3631615094923599406.post-36139284457994944752010-10-09T13:03:00.000-07:002010-10-09T13:32:40.210-07:00.: Mudando hábitos para uma amamentação prolongada :.Já ouvi muita coisa por amamentar Jorge até hoje (1 ano e 2 meses e não pretender parar tão cedo): que ele vai ficar muuuuuuuuito dependente, inseguro, que vai ficar viciado em peito quando crescer, que meu leite não serve mais pra nada, enfim, mil coisas que não acredito. No blog <a href="http://www.blogmamiferas.com.br/tag/desmame">Mamíferas</a> tem mais explicações.<br />
E foi neste blog que li umas das coisas mais legais a respeito de um desmame parcial. Pra ler é só clicar <a href="http://www.blogmamiferas.com.br/2009/09/desmame-parcial-uma-alternativa-mamifera-sim.html">aqui</a>. E que me ajudou a pensar em como manter a amamentação de forma prazerosa.<br />
Sim, porque de uns tempos pra cá a amamentação tinha se tornado insuportável pra mim. E o caminho mais perto seria desmamar meu filho, afinal, pra muitos 1 ano é mais que suficiente. Mas como gosto de trilhas, perferi continuar em meu percurso amamentando minha cria, acreditando no poder do meu corpo e da natureza.<br />
Então, começamos ontem a mudar os hábitos. Jorge sempre mamou em livre demanda, a hora que quis, como quis, onde quis. Nunca deixou de comer por causa disso. Bate um pratão e depois mama e dorme. O peito era a chupeta dele. E embora a chupeta cause mais malefícios a saúde de um bebê, nunca vi niguém falar nada a respeito de um bebê dormindo de chupeta, mas já ouvi cada coisa por meu bebê dormir no peito...<br />
Eu nunca havia contado quantas vezes ele acordava de madrugada, simplesmente deixava o peito lá e pronto. Ontem eu contei e ele acordou em média de 2h em 2h. Aí percebi que meu bebê estava com um padrão de sono de um recém- nascido e isto não estava bom pra mim e creio que nem pra ele. Resolvi mudar as coisas as 02h e 30h.<br />
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- filho: a partir de agora, a mamãe não vai mais te dar o peito toda hora, tá? porque a mamãe não está gostando disso. Então, vamos tentar durmir hoje sem peito. Mamãe vai te dar colo, vai ficar do seu lado, não precisa ter medo, não precisa ficar assustado. Pode chorar que eu vou te acalmar, mas o mamá agora vai dormir e só vai voltar de manhã, depois que o sol nascer, tá?<br />
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Dormimos as 05:30, entre cochilos e chorinhos. As 06h ele acordou e dei o mamá como combinado. Adormecemos exaustos. Hoje tentaremos de novo.<br />
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Eu esperava que ele se desinteressasse naturalmente pelo peito, que fosse um processo sem intereferências, como foi sua gestação, como foi seu parto, mas desta vez não foi assim. E o mais difícil pra mim foi aceitar esta idéia, a idéia de quem nem sempre damos conta de tudo.<br />
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Bom, pelo menos assim, espero que a amamentação siga seu ciclo até um desmame total natural, enquanto for bom pra ambos.Katehttp://www.blogger.com/profile/11389396291229518279noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3631615094923599406.post-68690810668655456732010-08-04T12:07:00.000-07:002010-08-04T12:07:38.573-07:00.: 1 ano de Jorge! :.Você fez 1 ano, meu filho! E entre noites mal-dormidas, stresses e birras, só consigo pensar em como você é lindo, especial, e me faz aprender todo dia a ser um pouco melhor. Me faz aprender a fechar a boca, ouvir mais (um exercício árduo pra mim que tenho uma boca enooooorme!) e abrir os braços, como num texto que li recentemente enviado por uma amiga.<br />
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Que a Natureza e o Universo, esse casal que tem um monte de nomes diferentes - Acaso, Sorte, Deus, Destino, etc - possa estar sempre, sempre ao seu lado, te dando tudo de bom pra que você possa viver a sua vida intensamente, porque esta, filho, ah! é boa demais!!! E a sua tá só começando...<br />
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Todo amor do mundo pra ti!Katehttp://www.blogger.com/profile/11389396291229518279noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3631615094923599406.post-62897365539020051712010-07-06T16:15:00.000-07:002010-07-06T16:15:53.316-07:00.: Abrindo mão dos conceitos ou como entrar para a Matrix :.Sabem a Matrix, do filme de mesmo nome, onde há uma realidade virtual que simula o cotidiano dos seres humanos, enquanto estes estão adormecidos e controlados por máquinas? Eu e Jorge acabamos de entrar nela.<br />
Até aqui vivemos o sonho de mãe e filho à moda antiga, com muito tempo um para o outro, indo pra casa dos avós, brincando na pracinha no fim da tarde, sem alimentos artificiais, sem conservantes, sem remédios, sem realidades que simulam realidades - um pó que vira leite ou um leite que é farinha, ou um bico de mamadeira que parece peito, isto que é aquilo, etc - estávamos fora da Matrix. E nesse lugar nosso não haviam alergias, nem rinites, nem bronquites, nem todos os outros ites. Não haviam hipoglós, assaduras, farinha lácteas ou mucilons. Não haviam tosses, nem febres, nem catarros ou médicos ameassadores - cuidado, pneumonia!!!<br />
Mas a modernidade é cruel, já dizia Baudelaire. E como o capitalismo selvagem é bem democrático e não deixa ninguém de fora, tivemos de abandonar nosso Oásis e adentrar pelo mundo da Matrix, onde as mães e pais trabalham sem cessar, os filhos vão pra creche, para serem alimentados e cuidados por outros, estranhos que se tornam tão intimos que sabem mais da rotina de seu bebê do que você.<br />
Sim, há o outro lado da moeda, na Matrix adquirimos super poderes, somos capazes de uma infinidade de coisas, aprende-se rápido a socializar-se, talvez justamente para sobreviver nesta realidade inventada. Como bons seres humanos nos adaptamos e fazemos do anormal o cotidiano, do artificial o natural, do virtual o real.<br />
Hoje quando peguei o frasco de antibiótico (sim, antibiótico para curar uma catarreira que não cessa) me questionei pela milésima vez qual era o caminho que queria pra educação do meu filho. Será mesmo que estou fazendo o que creio? Será mesmo que não há outra saída? Será mesmo que há regra e que todos estamos fadados a ter alergias respiratórias ou algo do tipo, afinal, todo mundo tem...?<br />
Coloquei a seringa em sua boca tão pequena enquanto você dormia e com todo cuidado empurrei o liquido pra dentro, na descrença de quem acredita que sempre há outro caminho. Você se remexeu e nem acordou. Voltou a dormir calmo e tranquilo. Eu somente agradeci à Natureza pelo presente, por estar ali, velando seu sono, acreditando que sim, sempre haverá outro caminho, que sempre poderemos entrar e sair da Matrix a hora que bem entendemos...Katehttp://www.blogger.com/profile/11389396291229518279noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3631615094923599406.post-59829783875979908882010-06-10T09:32:00.000-07:002010-06-10T09:32:51.723-07:00AdaptaçãoEle foi pra Creche.<br />
Eu quase morri de ficar sem ele.<br />
Chorei.<br />
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Hoje, duas semanas depois, ele ficou lá sem chorar.<br />
Eu?<br />
Vou demorar mais um tempinho até me adaptar.Katehttp://www.blogger.com/profile/11389396291229518279noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3631615094923599406.post-58460678722655551552010-04-21T18:21:00.000-07:002010-04-21T18:21:17.932-07:00.: Mãe também é gente! :.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWJm6AxOUtOJRAvi0Cd3xN_25TeTXT7G29TbVpN1TxtG3WhP4866ATKXRKhuLy9H3jzDQbBldJLafbL2hIGJk-vF6nGnL4irEz2YkwN1AQt_VEDOWRV6gPST5eYDeVibjhf3lhBHzVfvZ_/s1600/descabelada.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWJm6AxOUtOJRAvi0Cd3xN_25TeTXT7G29TbVpN1TxtG3WhP4866ATKXRKhuLy9H3jzDQbBldJLafbL2hIGJk-vF6nGnL4irEz2YkwN1AQt_VEDOWRV6gPST5eYDeVibjhf3lhBHzVfvZ_/s320/descabelada.jpg" /></a></div><br />
Bom, todo mundo que lê este blog sabe das minhas escolhas para a maternagem e meus (queridos) radicalismos sobre chupetas, leite artificial, amamentação exclusiva, etc. Mas hoje ouvi uma frase que me deixou muito, muito perturbada (e acho que não foi a primeira vez que ouvi isso). "Ah, é que nem todo mundo quer ser uma mãe perfeita como você", vindo de uma mãe que deixou de amamentar seu filho aos 4 meses, pois estava na hora de ele ficar independente.<br />
Minha vontade era gritar: eeeeeeeeeeeepa! Não quero ser perfeita não! Nunca quis isto pra minha vida! Quero poder errar, sim! Mas quero errar consciente, quero errar porque EU escolhi. Quero errar porque o EU fiz deu errado. Quero ser A culpada. Mas quero botar a mão na massa, quero ter a liberdade de decidir e de pensar sobre o caminho a seguir. O que NÃO quero e não quero mesmo é fazer qualquer coisa porque minha mãe fez, ou a vó fez, ou a vizinha disse que era ótimo, ou porque "é assim e pronto" ou pior: porque "todo mundo foi criado assim e ningué morreu!".<br />
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Não quero passar por uma cesárea desnecessária, só porque "o importante é que seu filho tá bem e com saúde" (coisa que ele estaria em um parto natural saudável);<br />
Não quero dar chupetas porque "ele vai ficar mais quietinho";<br />
Não quero dar Nan, Nestogena e afins porque "teu leite é fraco" ou porque "ele mama demais";<br />
Não quero dar comida antes dos seis meses porque o "leite não sustenta" ou "pra ele ficar mais forte" ou "que mal tem?" (como se o leite não fosse um alimento completo para o bebê)<br />
Não quero dar gorduras ou doces porque "você não vai conseguir segurá-lo pra sempre longe dessas delícias" (como se o paladar não fosse algo contruído, ensinado).<br />
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Resumindo: não é porque prezo pelo natural que não posso tomar uma coca-cola num dia.<br />
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Quero um outro mundo possível, SIM! Quero tentar, quero ir por outro caminho. E quero também poder voltar se assim melhor entender. <br />
Isto não significa que não passaria por uma cesárea se ela fosse estritamente (e repito estritamente) necessária, baseada em evidências, não em mitos da medicina.<br />
Não significa que não tentei dar chupeta algumas vezes quando o cansaço superou a vontade de brincar ou acalentar meu filho. Não significa que até hoje tente dar esta maldita chupeta quando Jorge insite em escalar o sofá, puxar o rabo da Jurubeba ou chorar sem parar atrás do meu colo, quando eu preciso varrer a casa, cozinhar, lavar, me desdobrar e redobrar.<br />
Não significa que nunca pensei "nossa, ele mama muito, será que uma mamadeira não me ajudaria?".<br />
Não significa que toda vez que como um bolo de chocolate que amo não pense: será que sou egoísta de privá-lo desse prazer tão pequenino?<br />
<br />
E em todas estas vezes paro, penso, repenso, leio, busco colo de mãe, converso com amigas. Me canso, choro, me estresso, quero um momento pra mim, sem ninguém, sem filho, sem choro, sem fralda, sem banho, sem nada. SIM! Mãe também é gente! Tem tudo que todo mundo tem! Tem mau-humor, tem preguiça, tem cansaço.<br />
Mãe não é só este poço de abnegação de que todos falam. Mães também negociam consigo mesmas. Negociam suas vontades, seus desejos, seus eus, se desafiam, desafinam e desalinham. <br />
Mas só nós mães conseguimos nos repartir assim, dividir, desdobrar, como um origami difícil de ser decifrado. Assim em dobraduras vamos desvendando os caminhos desse ser mãe/mulher.Katehttp://www.blogger.com/profile/11389396291229518279noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3631615094923599406.post-46157155495895719192010-04-20T17:26:00.000-07:002010-04-20T17:29:45.620-07:00.: Nossa Senhora Aparecida ou O Por do Sol em Madureira :.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWWSYwg5s88UDLLTtMzZRDdxUhyphenhyphenY_dlmKS8LHQn7fhzOKFF5CjTtZAPsnfmZWYQucDVZBEtOrIv6qstnpjuGJg3Gxzwirp23o_xBYnW6jk68zX4dMmoB6SbFwzUYTQKRHV0oaHfqU54dIC/s1600/nossa-senhora-de-aparecida.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWWSYwg5s88UDLLTtMzZRDdxUhyphenhyphenY_dlmKS8LHQn7fhzOKFF5CjTtZAPsnfmZWYQucDVZBEtOrIv6qstnpjuGJg3Gxzwirp23o_xBYnW6jk68zX4dMmoB6SbFwzUYTQKRHV0oaHfqU54dIC/s320/nossa-senhora-de-aparecida.jpg" width="222" /></a></div><br />
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Eu moro no Centro do Rio, num lugar lindo, tranquilo e perto de tudo. Minha dentista fica no bairro do Méier, há meia hora de minha casa. Minha Mãe mora na Pavuna, há uma hora de qualquer lugar habitável, seja do Centro ou do Méier. Jorge fica com a minha mãe para que eu possa fazer outras coisas que não só ser mãe, tipo ir ao dentista. Isso significa que levo, no mínimo uma hora para ir e mais outra uma hora para votar do dentista, caso não haja engarrafamentos.<br />
Madureira é um bairro do subúrbio do Rio conhecido por seus sambas, mercados e preços muito baixo, o que gera muita gente nas ruas, que, por sua vez, gera muito, mas muito engarrafamento e ônibus lotados. Das 16h as 20h é um horário de rush, imagino que em qualquer lugar do mundo, inclusive em Madureira, que por acaso, fica no caminho entre mim e minha dentista. As pessoas que lotam as ruas de Madureira nem sempre são moradores, muitas vezes são passantes como eu que desce de um ônibus só para comprar brinquedos para seus filhos, afinal Madureira é a terra dos preços baixos.<br />
E lá estava eu em pé num ônibus lotado em Madureira as 16:45h de uma tarde de 35ºapós sair do engarrafamento quando avisto na calçada ao lado da estrada uma estátua, coberta por um tampo de virdo e sobre um pedestal, de Nossa Senhora Aparecida, cheia de flores em volta. Não era um Patrimônio tombado ou um local turistico ou qualquer coisa criada ou preservada pelo governo. Era simplesmente uma Nossa Senhora no meio do nada, cuidada e guardada pelos moradores locais enfeitando uma estrada. Simples assim.<br />
De pé, no ônibus lotado e cheia de bolsas, fiquei olhando aquela imagem pequena no meio do nada, iluminada por um pôr-do-sol bucólico atrás da linha férra, quase na altura de Oswaldo Cruz, aquele que fica depois de Marureira, perto de Bento Ribeiro. E por um minuto aquela imagem singela no meio do nada me fez esquecer de tudo, os trabalhadores empilhados no ônibus, os rostos cansados a minha volta, as enchentes devastadoras das últimas semanas. Naquele instante pequenininho que me peguei pensando na tal Nossa Senhora próximo ao asfalto iluminada pelo por-do-sol bucólico não havia problemas, de nenhum tipo, pessoal, ambiental, político ou emocional.<br />
E não era por ela ser a tal Senhora que era, não tinha nada a ver com a religião que ela representava ou a que Deus servia ou seja lá a que doutrina ou ideologia pertencia. Não. Não era isso. Era uma beleza simples de ver uma imagem tão bem cuidada no meio do nada, adorada por alguns que se dignavam a deixar flores ali lo asfalto quente, tendo por testemunha somente os carros que ali passavam. Era isso: um instante de beleza. Esse prazer pequeno, efêmero, ao qual todos nós deveríamos nos dar ao luxo ao menos uma vezinha por dia.Katehttp://www.blogger.com/profile/11389396291229518279noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3631615094923599406.post-44185551375316738992010-03-30T17:13:00.000-07:002010-03-30T17:13:07.216-07:00.: Ele criou um blog... :.<a href="http://elaficouputa.blog.com/" target="_blank">http://elaficouputa.blog.com/</a><br />
<br />
Ainda bem que ele sabe transformar palavras em risadas.Katehttp://www.blogger.com/profile/11389396291229518279noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3631615094923599406.post-9087744260682176062010-03-09T18:11:00.000-08:002010-03-09T18:15:05.207-08:00.: Toda mulher é meio Leila Diniz :.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgO9slyBWQbw_i19D0waQSKk2BZ4756TkX1aSIQi0-iAYhkV8qlkOjIU0dmVtZiKCk055bnw1cY7vyZo4TsNWrNW2bGGynYI1rZ-ZQ_cou4HCerqLIKM0w-CUcmhj_x-v6Ti4xerua8LAjT/s1600-h/leiladiniz.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgO9slyBWQbw_i19D0waQSKk2BZ4756TkX1aSIQi0-iAYhkV8qlkOjIU0dmVtZiKCk055bnw1cY7vyZo4TsNWrNW2bGGynYI1rZ-ZQ_cou4HCerqLIKM0w-CUcmhj_x-v6Ti4xerua8LAjT/s400/leiladiniz.jpg" width="336" /></a></div><br />
(homenagem atrasada ao Dia Internacional da Mulher)<br />
<br />
<br />
Foi uma única mulher a responsável pelo Homem ser expulso do belo e inocente paraíso, malvada!<br />
Depois disso, passara a ser queimadas em fogueiras acusadas de serem bruxas;<br />
Não podiam estudar, não podiam votar.<br />
Pra trabalhar, só se marido autorizar!<br />
O lugar dela era em casa, na boca do fogão, lavando o chão.<br />
Esse sim, trabalho pesado, autorizado, sacramentado em santo matrimônio.<br />
Em nome do pai, do filho e do Espírito Santo.<br />
E as mães, filhas e santa?<br />
Ai, minha nossa senhora!<br />
Dissimuladas, traidoras, enganaram até o capeta!<br />
Tinhosas, danadas!<br />
Mas fora ela, mulher, que pariu Jesus<br />
E dizem que por uma delas ele se apaixonou<br />
Ai, Meu Deus!<br />
Deusas, santas, acanhadas, silenciadas.<br />
Cansadas subiram o morro<br />
Desceram o barraco<br />
Queimaram os sutiens e caíram no baile funk!<br />
De shortinho e topless <br />
Viraram frutas: melancia, melao, maçã<br />
Numa busca quase vã do que é ser mulher<br />
Hoje podem ser o que quiser<br />
Maria, Amélia, Eva<br />
Carolina, Coralina, Leila<br />
Simone, Hilda, Rita<br />
Cecília, Marilyn, Grace<br />
Gisele, Mariana, Gabriela<br />
Elas<br />
Mães, meninas, rainhas<br />
do lar ou das ruas<br />
Poetas, escritoras, taxistas<br />
Caminhoneiras, garçonetes, sapatão<br />
Dançarinas, putas, desvairadas<br />
Algumas ainda levando porrada<br />
Torcendo pra que um dia reconhecam<br />
Que dia de Mulher é todo dia!<br />
<br />
Meu mais fraterno abraço a todas, todas as mulheres! de todas as raças, todos os credos, todas as cores e coloridas! Porque nosso dia é todo dia!Katehttp://www.blogger.com/profile/11389396291229518279noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3631615094923599406.post-54834680292612499492010-02-28T16:28:00.000-08:002010-02-28T16:28:00.588-08:00Bicho de cascaFilho, nesse mundo tem bicho feito de tudo que é jeito. Tem bicho de pena, de pelo, de pele áspera, de pele fininha, que dá ate medo de tocar. Tem bicho que tem espinho, outros que mudam de cor, de tudo que é tamanho e forma. E tem bicho tem casca. Os bichos que tem casca geralmente são molinhos e frágeis por dentro. Acho que por isso eles tem casca, que é pra proteger. A mamãe acho que é bicho de casca, sabe?Katehttp://www.blogger.com/profile/11389396291229518279noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3631615094923599406.post-80172182315489252042010-02-04T04:13:00.000-08:002010-02-04T04:13:36.243-08:00.: Valeu, Gisele Bündchen! :.Agora quero ver me chamar de louca! rs<br />
Depois da entrevista da "super, mega, hiper, top model" (link: <a href="http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL1470857-15605,00-GISELE+BUNDCHEN+CONTA+COMO+FOI+O+PARTO+NORMAL+E+DIZ+NAO+TER+BABA.html">http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL1470857-15605,00-GISELE+BUNDCHEN+CONTA+COMO+FOI+O+PARTO+NORMAL+E+DIZ+NAO+TER+BABA.ht</a>m) o parto domiciliar ganhou mais espaço na mídia e uma excelente garota propaganda!<br />
Tiro meu chapéu pra Gisele Bündchen pelo empoderamento, pela visão do parto e da maternagem. Eu realmente não esperava.<br />
Me surpreendeu muito ver uma figura pública, linda, milionária, famosa, enfim, com todos os estereótipos que poderiam levá-la à arrogância da praticidade moderna, ver o parto dessa forma tão natural e ainda desmistificar a dor (na entrevista ela disse que o parto não foi dolorido! Ufa! Finalmente alguém disse isto publicamente!!! rs).<br />
Diferente de uma conversa que vi entre Xuxa e Cláudia Leite falando de como suas cesárias eletivas foram ma-ra-vi-lho-sas! (erc!)<br />
Gisele, virei fã! rsKatehttp://www.blogger.com/profile/11389396291229518279noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3631615094923599406.post-41409995624221554272010-01-07T05:54:00.001-08:002010-01-07T06:38:36.770-08:00.: Relato de Amamentação Exclusiva :.<span style="border-collapse: collapse; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;"></span><br />
<div><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">A primeira vez que te amamentei senti Tesão. Tesão. Não aquele tesão vulgar do desejo de posse, mas o Tesão sublime, completo e inteiro que envolve todo o corpo, que nos amolece por dentro. Sim, este mesmo que senti quando você escorregou pelas minhas entranhas, o mesmo que se sente quando se entrega de corpo e alma ao ser amado. </span><br />
</div><div><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Eu ali, dolorida dos procedimentos médicos desnecessários e intervencionistas, te olhando, olho no olho. Você abocanhava voraz a auréola do meu mamilo. Eu desajeitada pensava: "será que está saindo alguma coisa?", "será que é assim que se faz?", e você me ensinava instintivamente o que fazer. </span><br />
</div><div><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Subimos para o a enfermaria. Cansados da longa viagem que fizemos, adormecemos, não sei se primeiro eu ou você, extasiados. Acordei com imensa fome e creio que você também, ofereci de novo o seio e você abocanhou novamente. E novamente fiquei ali te olhando, sentindo seu cheirinho. Lembrei do cheirinho que eu adorava sentir quando criança dos filhotinhos da minha cadela. Cheirinho de placenta, secreção, sangue, gente, animal. Quanto mais você mamava, mais sentia meu utero contrair, minha barriga murchar. </span><br />
</div><div><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Não impus horários e desliguei os relógios, menos o biológico. Os dias que se seguiram foram intensos. Me preocupei quando você dormiu 5 horas seguidas sem mamar!!! Por outras vezes desejei que você dormisse só para que eu pudesse dormir também. Algumas vezes me entristeci por não ter tempo, por não poder cuidar de mim, por não ter mais braços para que pudesse te dar de mamar e fazer comida, ou lavar roupas, ou me alimentar ao mesmo tempo. Me vi confusa e sozinha nesta simbiose louca e gostosa de amamentar. </span><br />
</div><div><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Na primeira semana, um dos seios rachou. Ajeitei sua pega, tinha que abrir mais a boquinha tão pequena para que não me machucasse. Tomamos banho de sol juntos, pelados, sentados no chão. A rachadura sumiu. Não senti dor e nos adaptamos bem, contrariando a todos que diziam que não íamos conseguir.</span><br />
</div><div><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">E não faltaram conselhos tortuosos: seu leite vai secar, você não vai aguentar, dá água pra este menino, isso é cólica, dá tylenol, dá chá de erva-doce, dá nan, dá cremogema com leite de vaca, dá tudo, mas guarde esse peito pra dentro, afinal, nossa sociedade admite bundas, mas nunca seios maternos à mostra...</span><br />
</div><div><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Mas não cedi. Muitas foram as vezes que pensei em chupetas, mamadeiras e fucnhicóreas. Mas não cedi. Preferi dançar contigo ou andar pela casa com você ao peito, mesmo com todo mundo dizendo para não te amamentar de pé, pois você ficaria mal acostumado. E talvez tenha ficado, porque até hoje, você às vezes "pede" pra passear mamando, e eu deixo.</span><br />
</div><div><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">O Sling chegou junto com o primeiro mês e tudo foi se acalmando, entrando nos eixos.</span><br />
</div><div><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Slingando, você mamava enquanto eu comia, passeamos por aí e ele é nosso cantinho preferido. </span><br />
</div><div><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Agora você está no quinto mês e muitas foram as descobertas e as fases até aqui. As cólicas passaram e você dorme cada dia melhor, fica mais independente. Descobriu os pés, em seguidas as mãos e com elas os dois seios! Brinca com um enquanto mama em outro. Gargalha, solta gritos, pula, quer sentar, já rola na cama, agarra tudo, olha atento, atende aos sons e chamados. Charmoso, sorri pra tudo e pra todos. Meu galazinho sapeca. Não estranha colo de ninguém, está sempre bem disposto, mas já sabe reclamar quando quer algo e não lhe dão. O que vêem como "manha" vejo como expressão, comunicação, uma fala secreta entre eu e você.</span><br />
</div><div><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">E é curioso que os mesmos que perguntam o que faço para ter um bebê tão tranquilo e sorridente são os mesmos que dizem que o colo vicia, que o peito deixa mal acostumado, que mandam te deixar chorar pra aprender. Mundo esquisito esse...</span><br />
</div><div><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Não deixo, meu filho. Sempre que posso (e às vezes não posso, porque estou no banheiro ou algo assim) atendo imediatamente ao seu chamado, me prontifico, te escuto e se for peito, me abro, me ofereço. Não importa onde nem como, no metrô, no trem, no ônibus ou andando na rua, no silêncio de casa, no barulho da festa. Sem pudor e sem dor. Às favas com o falso moralismo hipócrita desta década de início de século XXI! Porque eu é que não vou esconder meus medos em você. Ao contrário prefiro escancará-los pra que você me ensine a lidar com eles, como tem ensinado até aqui. Afinal, só tu, que me viu por dentro e revirada pode saber mais de mim do que eu mesma.</span><br />
</div><div><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Este seio será teu até quando for bom assim pra nós dois...</span><br />
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span><br />
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">obs1: um agradecimento especial ao maridão que levou comidinha na cama todas as vezes que precisei amamentar com Jorge no colo pra poder comer e aos amigos que deram uma bola nas tarefas domésticas sempre que nos visitavam.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span><br />
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">obs2: por isso a licença maternidade deveria ser 6 meses, pra que as mães pudessem amamentar exclusivamente seus filhos em paz.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span><br />
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">obs: outro agradecimento ao maridão por não me deixar deixar a peteca cair mesmo quando soube que meu contrato de trabalho havia sido rescindido e que teríamos uma queda no orçamento familiar. E agora me incentiva a trabalhar em casa, só pra poder ficar com Jorge como desejo. Meu amoroso obrigada!</span><br />
</div>Katehttp://www.blogger.com/profile/11389396291229518279noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3631615094923599406.post-33907702400176154602009-12-29T14:02:00.000-08:002009-12-29T14:02:12.689-08:00.: Breve Balanço de 2009 :.No clima dos balanços gerais que nos acometem nos finais de ano, aqui vai o meu.<br />
Bom, 2009 foi um ano de renascimento pra mim. Não só porque o iniciei sabendo da gravidez de meu primeiro filho, Jorge e o vi chegar lindo e saudável em um (quase) respeitoso (mas muito amoroso) nascimento. Mas porque com ele vi renascer um grande amor pelo meu eterno companheiro. Companheiro de lutas do dia a dia, bebedeiras, perrengues, loucuras e muitas, mas muitas histórias pra contar. E nesse novo ninho familiar que comecei a criar, pude resgatar os laços com a família que me gerou e que sempre me deu asas pra voar, na certeza de poder voltar sempre que eu precisasse. Esta mesma família que perdeu sua grande matriarca no ano passado, se viu novamente unida em torno do mais novo membro. Um serzinho tão pequeno e tão especial, como devem ser todas as pequenas criaturas que nos trazem de volta à vida.<br />
E enquanto este pequenino ensaia seus primeiros movimentos, vejo a outra matriarca da família desaprender tudo aquilo que seu corpo sabia, acometida pelo Alzheimer. A vida segue seu rumo natural e finito...<br />
Também este ano cumpri a importante etapa de me tornar mestre em minha formação acadêmica. Conquista árdua, penosa, mas gratificante. Pro ano que vem, o doutorado e espero um bom emprego! A vida segue seu rumo corrido e competitivo...<br />
Nesta imensa roda da vida, de idas e vindas, vezes infindáveis, vezes infinitas, chegamos ao fim de mais um ano. E eu só tenho a agradecer por tudo que me aconteceu e por ter ao meu lado pessoas tão queridas e importantes!<br />
E o que eu espero pra 2010? Que todos possam acreditar nas suas idéias, mas que não esqueçam de revê-las e jogá-las fora quando preciso. Que continuemos os mesmos, mas sem medo de mudar. Que façamos tudo aquilo que temos vontade, mas sem esquecer que nossa liberdade termina onde a do próximo começa. Que sejamos egoístas, sempre nos colocando no lugar dos outros. E que sejamos felizes e estejamos em paz, sem que pra isto precisemos ferir ninguém, especialmente, a nós mesmos.<br />
Que venha 2010!!!!<br />
<br />
p.s: Ah, mas espera aí que o ano ainda não acabou e amanhã tem Cordão do Bola Preta, no centro do Rio, pra fechar a tampa!!!!<br />
<br />
Até.Katehttp://www.blogger.com/profile/11389396291229518279noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3631615094923599406.post-75489211630155419542009-12-25T17:44:00.000-08:002009-12-25T17:44:51.355-08:00.: Então é Natal... .: Não sou católica, nem cristã, nem mesmo tenho uma religião específica, embora tenha fé em muitas coisas. Também não participo das idéias sobre amor e compaixão católicas, embora partilhe estas idéias de uma outra forma. Mas, como qualquer outro indivíduo desta nossa cultura ocidental cristã (e colonizada), comemoro o Natal. E este é sempre bem come-morado, com muitas comilanças entre pernis e rabanadas.<br />
Mas o Natal também nos lembra nascimento e este ano foi a primeira vez que isto fez sentido pra mim, por conta do nascimento de Jorge. Pela primeira vez em muitos anos e, em especial, após a morte de minha querida vó Maria, a família paterna se reuniu, como há muito não fazia, por conta do nascimento de Jorge.<br />
Todos vieram ver o novo membro da família, trazendo presentes e boas energias, regado a colo e muito carinho, embora o pequeno tenha passado a maior parte no colinho do papai dormindo...<br />
Então, pela primeira vez, na minha idade adulta, o Natal teve sentido pra mim.Katehttp://www.blogger.com/profile/11389396291229518279noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3631615094923599406.post-41819298550259023662009-12-18T06:21:00.000-08:002009-12-18T06:22:25.913-08:00.: A incrível estória das multimulheres :.Era uma vez... um reino muito, muito distante, onde viviam mulheres com duas cabeças, seis braços e quatro pernas, sendo metade gente e metade máquina. Eram chamadas multimulheres. Acreditavam descender do pedaço da costela de um ser divino, perfeito e onipotente que carregava em seu meio um objeto no formato de um falo.<br />
As multimulheres eram capazes de feitos incríveis. Seus enormes e fortes braços embalavam os bebes ao mesmo tempo em que cozinhavam, passavam e lavavam para toda a tribo. Ao amamentar estes bebês, vários seios surgiam por todo o corpo, de modo que podiam amamentar livremente enquanto faziam inúmeras outras tarefas, como tomar banho, comer, além de estarem sempre lindas para seus maridos e amantes, porque, claro, tendo que satisfazer os homens da tribo, as multimulheres não podiam ser monogâmicas.<br />
Por serem metade máquina, nunca, mas nunca se cansavam. E jamais, jamais erravam. As multimulheres possuiam bimotores, enquanto os homens, monomotores, por isso a eles era reservada somente a tarefa de caçar, auxiliados, sempre, pelas multimulheres.<br />
As multimulheres adoravam ganhar eltrodomésticos, como geladeiras, fogões, tudo para suas tarefas diárias, que faziam com prazer, dedicação e afinco!<br />
Até hoje não se sabe o que houve com a grandiosa tribo das multimulheres. Uns dizem que elas se rebelaram e dizimaram umas às outras. Outros dizem que simplesmente resolveram tirar férias e fugiram pelo mundo a fora. Mas até hoje acredita-se que as mulheres (que dizem descender das multimulheres) são capazes de fazer várias tarefas ao mesmo tempo sem se cansar, sem reclamar e com o maior prazer, enquanto os homens continuam a caçar, pois são monomotores.<br />
Vá saber...Katehttp://www.blogger.com/profile/11389396291229518279noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3631615094923599406.post-65736800323583706602009-12-10T14:20:00.000-08:002009-12-10T15:22:14.165-08:00.: (Re) Construindo o dia a dia :.Nossa família nasceu (ou renasceu) junto com Jorge, com direito a cachorro e tudo mais. A casa, o lar, nosso cantinho, tudo foi surgindo com Jorge na barriga. Ou ressurgindo, pois Jorge veio juntar os pedaços, montar o quebra-cabeça, desfazendo equívocos, curando mágoas, semeando o amor.<br />
No meio disso tudo vou redescobrindo a vida a dois e aprendendo a ser mãe, mulher, companheira.<br />
No dia a dia vão surgindo pequenas revoluções. A rotina desregrada dá lugar a manhãs que começam cada vez mais cedo e noites que terminam cada vez mais tarde. É preciso encontrar tempo pro namoro entre as sonecas de Jorge, pro cafuné chorado antes de dormir, pro café da manhã corrido e o beijo apressado diante da porta antes de ir pro trabalho.<br />
E conforme Jorge a seu ritmo se abre ao mundo, vejo surgir um pai cada vez mais presente. Um pai amoroso que muitas vezes me ensina a ser paciente, tolerar. Um pai que me torna uma mãe segura, que pode errar como qualquer outra.<br />
Nessas pequenas revoluções o amor se afirma, nasce e renasce.<br />
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Todos os dias.<br />
</div>Katehttp://www.blogger.com/profile/11389396291229518279noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3631615094923599406.post-38372448529024534402009-12-10T11:36:00.000-08:002009-12-10T11:37:13.339-08:00.: A dor e a delícia de ser o que é :.Nunca participei da idéia de que "ser mãe é padecer no paraíso". Primeiro porque não creio em paraíso (ou inferno) e segundo porque isso me traz uma sensação de mãe arrependida- reclamona. Ser mãe é difícil? Sim, é muito difícil, mas não muito mais difícil do que qualquer coisa que se queira fazer bem. Uns (ou umas) tem mais facilidades que outros (as), mas o fato é que cada uma encontra um meio só seu de maternar. E o que é difícil é exatamente o processo. Ser mãe é um processo intenso de aprendizagem e paciência.<br />
Paciência. Essa sim uma palavra muito difícil pra mim. Eu que sempre fui espivitada, impulsiva e livre (talvez um pouco egoísta) tive de aprender a doar. Doar noites de sono mesmo quando os olhos parecem mais pesados que pedras; doar colo mesmo quando os braços parecem não aguentar; doar sorrisos e brincadeiras mesmo quando o cansaço supera a criatividade. E às vezes a paciência falha no meio da madrugada e o cansaço toma conta. A mãe padece e deseja que o filho seja grande, que o choro passe logo, que suas noites de sono e namoro voltem ao normal. Mesmo assim, alguma coisa lá dentro se reinventa e a mãe floresce no sorriso do pequeno.Paraíso. Talvez seja isso.<br />
Reinventar, desdobrar, partir-se, parir. Assim é minha visão da maternagem. Doação. Aprendizagem.Katehttp://www.blogger.com/profile/11389396291229518279noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3631615094923599406.post-70953609031779942832009-12-09T04:05:00.000-08:002009-12-09T04:05:34.993-08:00.: Manifesto :.<span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;"></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8H0N4FdppDfKEVoi5iiV1zm_DOnZLsQuY3vsnpaqgxi6hjta-U6pR7TDruFBM5cL1HajltGhp9EbL9aEGQxg_DXqRXsI0XVXzfyphBZ4YS0VdkzGa6bI0NuvmAjhYB92dWOkhJBtqvYxI/s1600-h/logotipo.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8H0N4FdppDfKEVoi5iiV1zm_DOnZLsQuY3vsnpaqgxi6hjta-U6pR7TDruFBM5cL1HajltGhp9EbL9aEGQxg_DXqRXsI0XVXzfyphBZ4YS0VdkzGa6bI0NuvmAjhYB92dWOkhJBtqvYxI/s320/logotipo.png" /></a><br />
</div><div><span style="font-family: Arial;"><span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2px; border-collapse: separate; white-space: pre;"><br />
</span></span></div><div><span style="font-family: Arial;"><span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2px; border-collapse: separate; white-space: pre;"><br />
</span></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2px; border-collapse: separate; font-family: Arial; white-space: pre;">Pelo fim da publicidade e da comunicação mercadológica dirigida ao público infantil </span></div><div><span style="font-family: Arial;"><span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2px; border-collapse: separate; white-space: pre;"><br />
</span></span></div><div><span style="font-family: Arial;"><span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2px; border-collapse: separate; white-space: pre;"><a href="http://www.publicidadeinfantilnao.org.br/obrigado/">http://www.publicidadeinfantilnao.org.br/obrigado/</a></span></span></div><div><br />
</div><div>Em defesa dos diretos da infância, da Justiça e da construção de um futuro mais solidário e sustentável para a sociedade brasileira, pessoas, organizações e entidades abaixo assinadas reafirmam a importância da proteção da criança frente aos apelos mercadológicos e pedem o fim das mensagens publicitárias dirigidas ao público infantil.<br />
<br />
A criança é hipervulnerável. Ainda está em processo de desenvolvimento bio-físico e psíquico. Por isso, não possui a totalidade das habilidades necessárias para o desempenho de uma adequada interpretação crítica dos inúmeros apelos mercadológicos que lhe são especialmente dirigidos.<br />
<br />
Consideramos que a publicidade de produtos e serviços dirigidos à criança deveria ser voltada aos seus pais ou responsáveis, estes sim, com condições muito mais favoráveis de análise e discernimento. Acreditamos que a utilização da criança como meio para a venda de qualquer produto ou serviço constitui prática antiética e abusiva, principalmente quando se sabe que 27 milhões de crianças brasileiras vivem em condição de miséria e dificilmente têm atendidos os desejos despertados pelo marketing.<br />
<br />
A publicidade voltada à criança contribui para a disseminação de valores materialistas e para o aumento de problemas sociais como a obesidade infantil, erotização precoce, estresse familiar, violência pela apropriação indevida de produtos caros e alcoolismo precoce.<br />
<br />
Acreditamos que o fim da publicidade dirigida ao público infantil será um marco importante na história de um país que quer honrar suas crianças.<br />
<br />
Por tudo isso, pedimos, respeitosamente, àqueles que representam os Poderes da Nação que se comprometam com a infância brasileira e efetivamente promovam o fim da publicidade e da comunicação mercadológica voltada ao público menor de 12 anos de idade.<br />
</div><div>Fonte: <a href="http://www.publicidadeinfantilnao.org.br/" style="color: #2a5db0;" target="_blank">http://www.<wbr></wbr>publicidadeinfantilnao.org.br/</a><br clear="all" /></div>Katehttp://www.blogger.com/profile/11389396291229518279noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3631615094923599406.post-76116005524426917142009-12-09T03:59:00.000-08:002009-12-09T03:59:45.653-08:00.: Dias de Chuva :.mesmo com todo o caos provocado por ela nas grandes metrópoles<br />
a chuva tem um quê de poesia<br />
especialmente quando jorge descobre o pés e com eles brinca<br />
na manhã de chuvaKatehttp://www.blogger.com/profile/11389396291229518279noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3631615094923599406.post-52969159580208575122009-12-02T02:51:00.000-08:002009-12-02T02:58:34.927-08:00.: O Dia Nacional do Samba :."Fica depois de Madureira, perto de Bento Ribeiro". Hoje, 02 de dezembro, dia Nacional do Samba, Oswaldo Cruz está em festa. A partir das 17h, a Central do Brasil se transforma na plataforma do samba. O Trem do Samba sai da Central pra Oswaldo Cruz com as melhores rodas do Rio de Janeiro. Uma festa linda!<br />
Eu não sei o que samba que tem que me remexe por dentro, que me toca na alma, que me deixa um quê de ziriguidum, telecoteco, balacobaco. Viro a iaiá de ioiô, a cabrochinha, porta-bandeira e passita. Não sei o que me dá que "as cadeira requebra" pra lá e mexe pra cá.<br />
O samba. Ele que já foi excluído, "coisa de preto", de vagabundo e hoje frequenta as altas rodas desde a Lapa à Zona Sul. Ele que não morre nunca, que aceita argumentos e se transforma pra continuar sendo brasileiro.<br />
Depois de 09 anos de trem do samba, hoje ficarei em casa para amamentar meu filho, mas deixo lá meu pensamento e meu axé pra esta que é uma das maiores manifestações populares do Brasil!<br />
Trem do Samba, pessoal, não faltem!<br />
Ano que vem, estarei lá!<br />
Axé!Katehttp://www.blogger.com/profile/11389396291229518279noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3631615094923599406.post-63184670436866212142009-11-24T04:46:00.000-08:002009-11-28T13:01:38.915-08:00.: Ao professor Adauto, suas violetas na janela :.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpYbt0FQlF8iPGFQP3XIqsgBN0mRBrGLZb-f1bn0y631xtP5CdytjOK0VdIs62_V7lENS9GdocjE4t4JKqPLv0G7CrpCmR9b1xSbytu-I_b2j2sYHdNc_bpWpvqllZeIeN0r2_RggJOKeC/s1600/Violetas.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpYbt0FQlF8iPGFQP3XIqsgBN0mRBrGLZb-f1bn0y631xtP5CdytjOK0VdIs62_V7lENS9GdocjE4t4JKqPLv0G7CrpCmR9b1xSbytu-I_b2j2sYHdNc_bpWpvqllZeIeN0r2_RggJOKeC/s320/Violetas.gif" yr="true" /></a><br />
</div><br />
<br />
Eu estava assistindo ao filme Lendas da Paixão na tv e lembrando do início da minha adolescênciaera, época que era fã incondicional do Brad Pritt e lia revista Capricho, quando o telefone tocou.<br />
Uma amiga da época do colegial ligava para dar a notícia: seu Adauto faleceu.<br />
Seu Adauto, o mais temido professor de matemática da Escola Municipal Arnaldo Varella, na Pavuna, onde passei os oito primeiros anos da minha vida escolar, cercada de bons amigos e boas lembranças.<br />
Seu Adauto que quase me fez desistir de matemática e depois me apaixonar e entender que por trás de uma cara feia geralmente se esconde alguém gentil e doce. O professor dedicado que dava aulas extras aos sábados só para que nós alunos de escola pública pudéssemos ter chances mais igualitárias de chegar as faetec, cefets e federais de químicas da vida.<br />
Seu Adauto, o eterno enamorado da doce professora de história, juntos nos davam exemplo de amor, carinho e respeito.<br />
O professor de matemática de várias gerações. A primeira pessoa a me presentear com um livro e me ensinar que o pensamento é aquilo que ninguém pode tirar da gente, aquilo que devemos cuidar, aquilo que nós somos.<br />
Tenha certeza, Seu Adauto, que cumpriu o que desejava: servir de bom exemplo para seus alunos e deixar boas lembranças. Obrigada por me fazer a minha infância bucólica e nostalgica, como toda criança tem o direito de ter!<br />
Bom, e como o senhor mesmo acreditava, a vida aqui é só uma passagem não é?<br />
Que o senhor encontre muitas violetas em sua janela, como acreditava.<br />
Daqui, estarás sempre presente nas estórias que contarei a Jorge.<br />
Um grande abraço, descanse em paz, querido amigo!Katehttp://www.blogger.com/profile/11389396291229518279noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3631615094923599406.post-81621031450147875442009-11-03T05:20:00.000-08:002009-11-03T05:20:23.980-08:00O velho machismo de sempre...Quando vi a reportagem do fantástico no domingo último sobre a jovem que quase foi agredida por conta do vestido em uma universidade de SP (no jornal o globo: http://oglobo.globo.com/cidades/mat/2009/11/02/video-na-internet-mostra-agressao-outra-aluna-da-uniban-onde-jovem-foi-hostilizada-por-usar-vestido-curto-914569170.asp), primeiro pensei: ué, será que estamos nos anos 20 ou na pré-história e ninguém me contou? Ou dormi e fui parar no meio do Afeganistão e agora vamos apedrejar mulheres por aí?<br />
<br />
Não tive como não ficar indignada diante não só da atitude boçal do grupo intelectualmente limitados (pra não chamar de idiotas mesmo), mas da displicência da própria reportagem que resumiu tudo com uma enquete: então, você acha que a menina poderia ou não usar o vestido na faculdade? <br />
Hã? Como assim? E a atitude vândala daquelas pessoas xingando a garota e ameaçando-a sexualmente? Isto não é questionável? <br />
<br />
O que me pareceu por trás da pergunta da enquete foi: então, você acha que a menina deveria ou não apanhar porque colocou o vestido curto?<br />
E o melhor, na reportagem do fantástico, uma consultora de moda foi chamada pra falar sobre o assunto! Nada contra os consultores de moda, nem contra a moda, mas o caso ali não era este. O caso era de um julgamento preconceituoso que serviu de base para uma ação totalmente absurda e fora da lei, porque praticar a violência psicológica contra a mulher também é prevista em lei!<br />
<br />
O pensamento que fica por trás de tudo é de que a “menina mereceu”, “quem mandou usar um vestido daqueles”. Este é o mesmo discurso que justifica mulheres apanharem de seus maridos, afinal, “vá saber o que ela fez pra merecer” e além do mais “briga de marido e mulher, ninguém mete a colher.” <br />
Esta história de que a culpa é da mulher é velha... e vem se arrastando pelo imaginário das pessoas desde que Eva comeu a maçã e tirou Adão da ótima e feliz vida que levavam no Paraíso. Passamos a ser as culpadas de tudo, incluindo bruxarias e amarrações!<br />
<br />
O caso de SP não tem nada a ver com roupas inadequadas, tem a ver com falta de liberdade, com falta de respeito, com autoritarismo por parte de um grupo que se acha no direito de julgar e ameaçar os demais. <br />
E é nessas horas que olho pra Jorge e penso: que mundo é esse, filho? E por isso acredito cada vez mais que importa mais o filho que vamos deixar para o mundo, do que o mundo que vamos deixar pra nossos filhos. <br />
<br />
“Segurem suas cabras, que meus bodes estão soltos!”. Enquanto ensinarmos isto aos nossos filhos, mulheres continuarão sendo desrespeitadas. E nunca faltarão motivos pra isto, sejam de ordem religiosa, como nas bruxas queimadas há séculos atrás, ou na simples escolha de uma roupa.Katehttp://www.blogger.com/profile/11389396291229518279noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3631615094923599406.post-82722395936399672592009-10-23T08:15:00.001-07:002009-10-23T08:15:38.070-07:00Os sonhos de Jorge<meta content="text/html; charset=utf-8" http-equiv="Content-Type"></meta><meta content="Word.Document" name="ProgId"></meta><meta content="Microsoft Word 12" name="Generator"></meta><meta content="Microsoft Word 12" name="Originator"></meta><link href="file:///C:%5CDOCUME%7E1%5Cvidal%5CCONFIG%7E1%5CTemp%5Cmsohtmlclip1%5C01%5Cclip_filelist.xml" rel="File-List"></link><link href="file:///C:%5CDOCUME%7E1%5Cvidal%5CCONFIG%7E1%5CTemp%5Cmsohtmlclip1%5C01%5Cclip_themedata.thmx" rel="themeData"></link><link href="file:///C:%5CDOCUME%7E1%5Cvidal%5CCONFIG%7E1%5CTemp%5Cmsohtmlclip1%5C01%5Cclip_colorschememapping.xml" rel="colorSchemeMapping"></link><style>
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<div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">Com o que será que você sonha<br />
</div><div class="MsoNormal">Quando adormece sobre meu seio<br />
</div><div class="MsoNormal">Com os lábios dobrados<br />
</div><div class="MsoNormal">E as mãos sob o queixo?<br />
</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">Com o que será que você sonha<br />
</div><div class="MsoNormal">Com estes olhos puxados<br />
</div><div class="MsoNormal">Cerrados e tranqüilos<br />
</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">Com o que será que você sonha?<br />
</div><div class="MsoNormal">Se ainda não conhece fadas, nem bruxas, nem dragões<br />
</div><div class="MsoNormal">Se nunca viu o mar, nem andou de avião<br />
</div><div class="MsoNormal">Se não lutou com dinossauros, nem matou tubarões<br />
</div><div class="MsoNormal">Com o que será que você sonha?<br />
</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">Será que sonha comigo?<br />
</div><div class="MsoNormal">Porque é a parte de mim que mais me conhece,<br />
</div><div class="MsoNormal">Sou eu revivida e desdobrada<br />
</div><div class="MsoNormal">Que me fez melhor<br />
</div><div class="MsoNormal">Que me fez amor<br />
</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">Com o que será que você sonha?<br />
</div><br />
Katehttp://www.blogger.com/profile/11389396291229518279noreply@blogger.com0