terça-feira, 9 de março de 2010

.: Toda mulher é meio Leila Diniz :.


(homenagem atrasada ao Dia Internacional da Mulher)


Foi uma única mulher a responsável pelo Homem ser expulso do belo e inocente paraíso, malvada!
Depois disso, passara a ser queimadas em fogueiras acusadas de serem bruxas;
Não podiam estudar, não podiam votar.
Pra trabalhar, só se marido autorizar!
O lugar dela era em casa, na boca do fogão, lavando o chão.
Esse sim, trabalho pesado, autorizado, sacramentado em santo matrimônio.
Em nome do pai, do filho e do Espírito Santo.
E as mães, filhas e santa?
Ai, minha nossa senhora!
Dissimuladas, traidoras, enganaram até o capeta!
Tinhosas, danadas!
Mas fora ela, mulher, que pariu Jesus
E dizem que por uma delas ele se apaixonou
Ai, Meu Deus!
Deusas, santas, acanhadas, silenciadas.
Cansadas subiram o morro
Desceram o barraco
Queimaram os sutiens e caíram no baile funk!
De shortinho e topless
Viraram frutas: melancia, melao, maçã
Numa busca quase vã do que é ser mulher
Hoje podem ser o que quiser
Maria, Amélia, Eva
Carolina, Coralina, Leila
Simone, Hilda, Rita
Cecília, Marilyn, Grace
Gisele, Mariana, Gabriela
Elas
Mães, meninas, rainhas
do lar ou das ruas
Poetas, escritoras, taxistas
Caminhoneiras, garçonetes, sapatão
Dançarinas, putas, desvairadas
Algumas ainda levando porrada
Torcendo pra que um dia reconhecam
Que dia de Mulher é todo dia!

Meu mais fraterno abraço a todas, todas as mulheres! de todas as raças, todos os credos, todas as cores e coloridas! Porque nosso dia é todo dia!

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