quinta-feira, 21 de abril de 2011

.: Às vezes, somos sexo frágil .:


Eu nunca acreditei nesta história de que a mulher é o sexo frágil. Meu feminismo sempre acreditou na igualdade de oportunidade e aceitação das diferenças entre os sexos, mas nunca me encarei ou encarei as mulheres como frágeis, ou delicadas ou quaisquer destes estereótipos dóceis e passivos. No entanto, agora, em minha segunda gravidez, esperando por Francisco, 5 meses na barriga, me sinto extremamente frágil. Mas descobri que esta palavra não está relacionada à força ou a falta dela.
A gravidez de Jorge correu tranquilamente, quilos equilibrados, hormônios controlados, exercícios, meditação, alimentação saudável. Francisco não goza dos mesmos privilégios. Trabalhando em duas escolas públicas, 4 vezes na semana, fazendo doutorado e cuidando de um filho de 1 ano e 8 meses, fica mais difícil arrumar tempo pra cuidar do corpo, da pele, da mente. Meus hormônios parecem um panela fervendo, tudo me irrita e sinto uma enorme necessidade de ser bajulada, acarinhada, aconchegada, como nos abraços e beijos que Jorge me dá ao longo do dia.
Eu nunca, em 27 anos de existência havia admitido pra mim mesma ou pra qualquer outra pessoa que sou ou posso ser assim. Eu sempre fiz questão de ser a super heróina, mulher de vanguarda, briguenta, inabalável. E agora haja terapias e blogs para lidar com isso! A gravidez talvez tenha este poder de virar a gente do avesso e nos fazer olhar pra gente mesmo, pras nossas entranhas físicas e existenciais.
Francisco, prometo que vou me cuidar mais, viu?

2 comentários:

  1. Beijo-beijo-beijo-beijo-mil beijos
    Abraço-abraço-abraço-abraço-mil abraços

    Você é linda, bárbara, vai dar tudo certo, minha linda! Querendo um dia de férias, vem pra Sampa!

    beijo!
    Tati

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